Como educar melhor? Como aprimorar a aprendizagem? Como utilizar de forma mais produtiva o cérebro humano?
Essas perguntas com certeza habitam a mente de educadores por todo o mundo. Por maiores que possam ser as diferenças culturais e religiosas, queremos poder colaborar de forma cada vez amis efetiva na formação e educação em todos as idades. Fico impressionado como muitos dos conceitos que ainda são defendidos tão enfaticamente por alguns profissionais da área estão completamente equivocados. O desafio não é dizer quem esta certo ou errado, mas podermos buscar a luz da ciência o que de fato ocorre no processo de aprendizagem. “Aprendizado é a aquisição de novos conhecimentos. Memoria é a preensão da informação aprendida.”
Sendo assim percebemos que aprendemos muito as coisas as vezes para simplesmente fazer funcionar melhor o cérebro. Como assim? A aprendizagem estimula a formação de novas conexões neurais, por isso insistimos em dizer que devemos estimular as crianças. O cérebro possui numerosos sistemas para desemprenhar as mais variadas funções. Podem estar relacionadas com as sensações, a motricidade, as emoções, pensamento entre tantas outras. Cada sistema desse possui bilhões de neurônios, lembrando que algumas pesquisa sugerem que temos por volta de 100.000.000.000 bilhões de neurônios. Cada neurônio tem realizado um imenso numero de conexões (de 200 a 300.000), fica assim evidente que circuito extraordinário existe em nosso cérebro.
Então você pode me perguntar qual a grande diferença entre o cérebro de um recém nascido e um ganhador de Premio Nobel. Difícil afirmar com exatidão, mas tenha a certeza que muito esta relacionado ao que foi aprendido e lembrado. Então como trabalhar melhor esse potencial? Como podemos estimular melhor nossos estudantes? A neurociência tem trazido grandes contribuições para isso. Tem respondido muitas perguntas que estavam sem resposta, apesentado novidades que não fazíamos ideias e espera que os profissionais d educação continuem a buscar informações e mesmo fazer perguntas que ainda não possam ser respondidas, afinal como diz um grande amigo neurocientista, provavelmente é só uma questão de tempo.
Então quando unimos a educação, a psicologia e a neurociência, nasce uma nova e fascinante área inter e multidisciplinar: a Neuroeducação. Vista ainda com muitas reservas por alguns setores da área de educação, percebe-se que ela veia para ficar e revolucionar muitos conceitos antigos e sem base cientifica. É importante deixar claro que o interesse dos profissionais que como eu, como a Profa. Dra Marta Relvas (reconhecida por muitos profissionais a maior autoridade nessa área no pais, é uma referencia internacional, além de ser a autora das principais obras nacionais sobre esse assunto), o Prof. Dr Renato Sabbatini, que foi um dos primeiros neurocientistas brasileiros abordar esse tema, além de tantos outros é poder contribuir com um tipo de conteúdo que pode fazer toda a diferença na corpo de conhecimento de um professor, independente da área que ele atue.
Compreender melhor como seu aluno aprende. Como trabalhar de forma mais efetiva seus 2 hemisférios cerebrais. Como melhorar o padrão de aprendizagem, como estimular aptidões e desenvolver talentos, ou colaborar de forma efetiva para o desenvolvimento cognitivo, intelectual, pessoal e profissional. Trabalhamos com a educação de pessoal nos mais diversos níveis. Educamos crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Precisamos repensar diversos conceitos pois, não é porque um aluno tem maior inteligência logica que ele não seja inteligente de outras formas. Quando lancei a teoria da Inteligência Comportamental Humana, procurei valorizar um universo que ia além dos conceitos básicos de inteligências múltiplas ou inteligência emocional. Valorizamos a capacidade de gerar resultado, de atingir objetivos.
O que torna isso mais interessante é descobrir que em nosso cérebro existe um circuito de recompensa (é formado por regiões encefálicas conhecidas como área tegmental ventral, núcleo accumbens, e as regiões cingular e ventromedial do córtex pré-frontal (entre outras)., e podemos trabalhar de forma a utilizá-lo como um sistema de metas(Hipocampo e Amigdala). A isso chamamos de Fisiologia da Realização.
Sim, podemos ativá-lo de forma cada vez mais intensa, melhorando assim nossa capacidade de planejamento e realização. Então por que não trabalhamos já nos primeiros anos da educação infantil com processo orientado por metas. A ausência de cobrança de resultados contribui para a criação de individuas com baixo grau de comprometimento. Vejo isso acontecer de forma preocupante no mundo corporativo, onde passa a ser necessário a implantação de programas comportamentais visando o aprimoramento e desenvolvimento desse profissional nas mais diversas esferas.
A imagem a seguir nos permite compreender melhor os estímulos que usamos automaticamente nos processos de educação atuam em áreas completamente diferentes e dessa forma, fica a pergunta: como estimular de forma mais produtiva a mente de nossos alunos?
Exames com alta tecnologia como esses, nos permitem ter uma nova percepção de como nosso cérebro funciona, como ele aprende.
Vamos recordar as funções básicas desses hemisférios cerebrais:
Hemisfério esquerdo:
Linear,Lógico, Racional, Não Espacial, Analítico, Verbal, Temporal.
Pensa em função de ideias encadeadas, de modo que um pensamento sucede o outro. Extrai conclusões baseando-se na lógica, tudo segue uma ordem lógica, como por exemplo um teorema matemático e um argumento bem exposto. Não vê as relações entre uma coisa e outra, e como as partes se unem para formar um todo. Extrai conclusões baseadas nas razões e nos dados. Leva em conta o tempo e a ordem das coisas em sucessão. Toma um pequeno fragmento de informação e usa-o para representar o todo
Soluciona as coisas passo a passo e parte por parte.
Usa palavra para manobrar, descrever e definir
Hemisfério direito
Espacial, Intuitivo, Não racional, , Não verbal, Holista, Atemporal.
Tem conhecimento das coisas, através de uma relação não verbal. Une as coisas para formar todos os conjuntos. Observa semelhança entre as coisas, compreende as relações metafóricas.
Não tem sentido de tempo. Não necessita basear-se na razão nem nos danos.
Vê as relações entre uma coisa e outra, e a maneira como as partes unem-se para formar um todo.
Baseia-se em dados incompletos, sensações e imagens. Observa a totalidade das coisas de uma só vez, percebe as formas e estruturas em conjunto.
Então: o lado esquerdo do cérebro interpreta literalmente as frases ditas! O lado direito interpreta e pode perceber a intenção oculta.
Por ser racional, lógico, o hemisfério esquerdo não é um especialista em criar , inventar e sonhar. Por outro lado, O hemisfério direito solta a imaginação e cria de forma quase sem limites.
A intercomunicação entre os hemisférios fica a cargo do corpo caloso que é uma estrutura do cérebro de mamíferos localizada na fissura longitudinal que conecta os hemisférios cerebrais direito e esquerdo.
Trazer esses conhecimentos de neurociências aos profissionais de educação e solidificar ainda mais as competências é o que eu chamo de Educação Inteligente.
A Neuroeducação espera contribuir cada vez mais de forma a estimular o real desenvolvimento e aproveitamento dessas informações cientificas e utilizá-las para maximizar a capacidade pedagógica dos professores nas mais variadas situações. A evolução trazida pelos avanços em neurociências só estão começando e fazer uso desse corpo de conhecimento deve ser mais que nunca um dos objetivos e porque não dizer um dos deveres da educação.
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